quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mística do treinamento da vontade


·  Um ser de desejos

·  O ser humano é um ser de desejos, a tal ponto que o homem bíblico acreditava que o centro motor do ser humano era o coração e suas vontades. Hoje sabemos que tudo se concentra no cérebro, mas não podemos descartar o conhecimento da enorme força que tem a vontade dentro do ser humano.
· Uma vontade desordenada pode levar a uma vida desregrada e fútil. No entanto, nós podemos treinar a nossa vontade para ser aquele centro propulsor das boas decisões e boas ações.
· Podemos treinar a nossa vontade através de exercivios.
· O capricho esta para a vontade assim como as fantasias estão para a visualização.
·  No treinamento da Vontade, o retreinamento do corpo é necessário.
· Neste processo, o poder da concentração é desenvolvido, juntamente com as imagens usadas na tomada de decisão.
· O treinamento da Vontade requer método e persistência aplicada por um longo período de tempo. Requer também um sistema completamente planejado de autoevolução.

As Regras são as leis da nossa vontade


· É preciso usar umas boas regras para domar a nossa vontade rebelde.
·  Os desejos são Imagens e as Vontades são seus Atos.
·  Nenhum indivíduo ou grupo de indivíduos pode alcançar seus objetivos se não tiver imagens para energizar seus desejos.
·  No ser humano o natural é o habitual. Freqüentemente nos deixamos mover pela nossa natureza sem o uso da razão.
·  Exercitar os hábitos de uma vontade forte faz o exercitar desta virtude um processo natural (sem esforço). A nossa vontade passa a ser vontade cheia de juízo, cheia de razão e equilíbrio humano sem muito esforço, quando a vivência de uma vontade iluminada pela razão se torna um hábito.
·  A Vontade pode ser treinada a fim de que possa escolher o melhor, através do hábito, a partir do melhor conjunto de opções possíveis.

Passos do treinamento da vontade

·  Assim como andar, correr e movimentar-se são exercícios corporais, rezar, vocal ou mentalmente são exercícios espirituais. Para chegar a exercícios espirituais precisamos de um método que oriente nossa mente, nossa ação e nossa concentração.
· Trata-se de um treinamento e neste treinamento iremos adquirir as "artes marciais da Vontade e da Disciplina mental".
·  Estabeleceremos objetivos de vida. Usaremos regras próprias para cada tipo de exercícios espiritual e para cada tempo: Princípio e fundamente, Primeira semana, Segunda Semana, Terceira semana, Quarta Semana, Contemplação para alcançar o amor, etc. Estabeleceremos regras de discernimento e outras regras mais.
·  Iremos assumir uma Regra de Vida.
·  Teremos um horário diário e viveremos de acordo com ele. Forjaremos dentro do nosso ser um hábito de vida disciplinado.
·  Introduziremos processos para "viver conscientemente" durante o dia (monges usam o "exame de consciência"). Prometa a si mesmo melhorar a cada dia.
·  Introduziremos práticas devocionais em nossas vidas, ou uma série de exercícios para ativar a vontade.

Para tudo isso precisamos conhecer um pouco de nós mesmos
e um pouco dos EE.EE. = exercícios espirituais.

É a que nos dispomos de aqui para frente.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Consolação e Desolação


Consolação e Desolação Espiritual
 
·  A Consolação Espiritual:

·  é a experiência interna da presença de Deus, experiência da visão de si mesmo, dos outros e de toda a realidade à Luz de Deus.
·  é a experiência interna de impulsos de amor a Deus, que se dá totalmente a mim através de Cristo, na sua morte e ressurreição; Deus que manifesta seu amor através de experiências positivas ou que me faz descobrir o positivo em experiências negativas.
·  é todo aumento de fé, esperança e amor.
·  é toda alegria interna que nos atrai para as coisas de Deus, para o bem e para o amor.
·  é toda tranqüilidade e paz sentidas em Deus.
·  Quando estiver consolado seja humilde, reconhecendo sua pequenez e a grandeza de Deus.



·  A Desolação Espiritual
   (é o oposto da Consolação).
·  é a experiência interna da distância de Deus, é a perturbação do coração, impulso para a falta de confiança, à falta de esperança, ao desamor.
·  é toda tristeza interna que nos afasta das coisas de Deus.
·  é todo desânimo de continuar lutando pelo bem.
·  é toda inquietação devida à sensação de ausência ou silêncio de Deus.

·  Nunca tomar decisões quando estiver desolado; manter-se firme nos propósitos do bem.
·  Na desolação, não se deixar dominar, mas lutar contra: “agere contra
·  intensificar a oração.
·  examinar a consciência buscando as causas da desolação.
·  intensificar a caridade, sacrificar-se mais pelos outros.....

·  Quando estiver desolado, lembre-se de que Deus permite um tempo de provação para purificar o amor. Lembre-se de que Deus jamais nos abandona, mesmo quando o sentirmos distante.
Quando estiver desolado, seja paciente. Acredite que em breve tudo passará e novamente estará consolado.

·  As causas da desolação são três, sendo uma da nossa parte e duas da parte de Deus:
·  Tibieza, preguiça ou negligência no nosso relacionamento com Deus.
·  Deus nos permite provações para nos fazer ver até que ponto chega o nosso amor. Devemos buscar Deus pelo que Ele é e não apenas pelos efeitos consoladores da sua presença.
·  Deus que deseja fazer-nos crescer na compreensão da gratuidade do seu amor, a consolação é dom que Ele nos concede por pura bondade, não se trata de uma conquista da nossa parte.
·  Nunca se deixar sucumbir pelas oposições, mas enfrentá-las com força e coragem.

·  Conhecer-se a si mesmo, tendo bastante clareza dos pontos mais fortes e dos pontos mais fracos. Nossos pontos fracos serão sempre uma ameaça ao nosso crescimento para Deus. Portanto, ser prudente em não se expor à situações em que incidem os pontos fracos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Inácio, estudos, companheiros, Companhia...

·  A nova vida de Inácio

·  Depois das experiências de Manresa, Inácio conseguiu finalmente ir até Jerusalém, mas não pode ficar por lá. Voltou à Espanha e viu que era necessário se dedicar aos estudos se quisesse se dedicar a pregação.
· Com isso ele dá inicio aos estudos sérios. Primeiramente em Barcelona, mas como era muito conhecido, era também muito requisitado e isso lhe atrapalhava os estudos. Depois foi para Alcalá. No hospital tinha tanto trabalho que não sobrava tempo para estudar. Em seguida foi a Slamanca, mas nem ali teve sucesso.
· Viu que não teria sucesso nos estudos se permanecesse no seu país. Voi então que se decidiu ir a Paris e ingressar nos estudos as artes (Filosofia e Teologia). Essas andanças culminaram com o recebimento do título de Mestre pela Universidade de Paris em 1534.
·  Em 1539 Inácio e seus companheiros decidem formar uma nova Ordem com o intuito de ir à Terra Santa e ali gastarem suas vidas na pregação e na defesa dos lugares santos.
· No entanto, por causa da guerra, não conseguem navio. Assim fazem voto de esperar um ano, para a próxima embarcação e se mesmo assim não conseguirem, iriam até o Papa para se colocarem nas mãos dele para onde for mais urgente na Igreja.
· Terminada a Espera, se dirigem a Roma e se colocam a disposição do Papa, que os começa a enviar dois a dois para as mais diversas missões de então.
· Inácio se dedica a escrever as regras da nova ordem e o papa aprova o plano, resultando no fundação da "Companhia de Jesus", que mais tarde serão chamados de Jesuítas.
·  Inácio foi eleito geral da nascente ordem e ficou neste posto até 1552.
· De seu quartinho de Roma Inácio serviu durante toda a vida organizando missões e enviando Jesuítas para o mundo todo.
· Este tempo foi de grande expansão mundial da Companhia. Foi nesse período que completou a Constituição da Ordem. Quando morreu, a Companhia de Jesus contava com mais de mil jesuítas espalhados por todos os continentes.
·  Inácio morreu em 30 de julho de 1556. Em 1622 a Igreja Católica o declarou Santo.

sábado, 27 de outubro de 2012

Experiências místicas de Maresa e os EE.EE.



·  Inácio desce de Montserrat em direção à Barcelona, determinado a ir para Jerusalém. Mas a providência o impediu de entrar em Barcelona, pois a cidade estava fechada para entrada de peregrinos devido a uma epidemia de peste que assolava aquela cidade. Assim sendo decide permanecer em uma pequena vila, chamada Manresa. É 25 de Março de 1522 e permanecerá ali por uma ano.
·  Ali ele irá se colocar em oração e fazer uma meditação profunda sobre si mesmo, sobre Jesus Cristo e sobre o Reino de Deus. Ele irá experimentar  varias práticas de ascese na sua vida de oração. Trazia consigo apenas um livrinho de oração conhecido na época como: Exercitatório de Frei Cisneiros. Uma das experiência propostas pela “Devotio Moderna”, vinda dos países baixos, que propunha uma volta à uma teologia mais experiencial, uma teologia espiritual.
·  Horas e horas de oração silenciosa, numa época em que só se aceitavam orações em voz alta. Leitura meditada. Reflexão. Meditação. Contemplação. Aplicação dos sentidos.
. Isto o ajuda sobremaneira e percebe que poderá ajudar outras pessoas com este tipo de oração. Destas experiências resulta o sentimento Inaciano. Tais práticas serão posteriormente incorporadas aos "Exercícios Espirituais". Agora ele começa a ajudar, de maneira meio incipiente, a algumas pessoas que querem se dedicar, de uma forma ou outra a reformar sua vida.

Experiências em Manresa

·  As suas experiência em Manresa foram muito importante para a compreensão de sua consagração futura, mas mais importante ainda porque ele foi aos poucos consolidando os seus exercícios espirituais que ajudariam uma enormidade de pessoas em todas as épocas.
. Um dia, enquanto lia "Horas de Nossa Senhora" em voz alta, nas escadarias da Abadia de Montserrat sua compreensão elevou-se e ele percebeu o mistério harmônico da Santíssima Trindade, como três teclas musicais, na forma de música de órgão. Esta experiência foi tão tocante que o fez chorar diante da grandeza e harmonia reinante na Santíssima Trindade.
·  Em outra ocasião, vivenciou uma onda de grande alegria espiritual, quando compreendeu a forma que Deus usou na criação do Mundo. Viu algo brilhante de onde raios brancos eram emitidos, viu que Deus estava criando Luz. Mas ele não pode explicar o fenômeno.
·  Um dia os olhos interiores de Inácio, enquanto participava de uma missa na Igreja do Mosteiro, viram o momento em que o corpo do Senhor (a hóstia) era levantado, o que pareciam ser raios de luz, vindos de cima. Isto foi interpretado por ele como sendo a presença real de Cristo naquele momento.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Iñigo o peregrino tímido e destemido

  • Peregrino aos 32 anos
  • O velho homem, Iñigo, capitão de armas, o amigo dos jogadores e das noitadas, amigo das baladas e amante dos romances de cavalaria, está morrendo e dando lugar a um novo Homem, com o mesmo caráter, os mesmos defeitos, porém com outras vontades e com uma nova resolução: servir somente a Deus.
  • Montado numa mula Inácio viaja para as costas do mar mediterrâneo em direção a Barcelona e chega a Montserrat (o Mont-Salvat das lendas do Graal). Uma montanha em forma de serra que abriga um mosteiro benedidito que já tem quase 500 anos de idade.
  • Ele passa a noite de 24 de março de 1522 em Montserrat fazendo a vigília de Armas, na capela do abade Beneditino. Nesta noite se confessa e deixa para trás sua vida desregrada e decide dedicar toda sua vida à Deus. 
  • Mas para onde ir agora que esta resolução foi tomada? Decide ir a Barcelona e tomar um navio para a Terra Santa e ali gastar seus dias denfendendo os lugares sagrados. Isso era muito comum no imaginário popular da época. Era uma preocupação constante dos bons cristãos. Defender Jesrusalém da invasão dos maometanos. 
  • Inácio parte sozinho, no lombo de uma mula e vai viver seu ideal com toda alegria e com toda vontade. Era homem resolvido!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vida de Santo Inácio de Loyola - despertar


Inácio nasceu (provavelmente antes de 23 de outubro de 1491) na Casa Torre da família Loyola.
A família pertencia à nobreza da província Guipuscuana do país Basco. Dentro da família Loyola havia uma tradição de enviar o primeiro filia para a carreira eclesiástica e o segundo para a carreira das armas, como servidores da armada real, tentilhões ou cavaleiros.
O primeiro trabalho de Inácio foi como pagem, aos 16 anos, na corte de Don Juan
Velázques, seu parente. Neste trabalho se dedicou a cuidar do infante e a aprender as regras da corte e os jogos e as lutas, enquanto seguia os costumes da corte e seus romances.
Inácio se apaixona por Dona Caterina, uma dama da família real, filha de Phillipe o Justo.

Ingressando no serviço das armas


Em 1517 Inácio ingressava no corpo de cavaleiros a serviço do Rei da Navarra. Em maio de 1521 sofre um ferimento na perna enquanto lutava em Pamplona contra as tropas francesas.
Caindo a fortaleza de Pamplona, os espanhóis se rendem aos franceses. Inácio estava ferido, mas os franceses cuidam muito bem dele. Depois de doze dias aproximadamente, em Pamplona, levaram Inácio em uma liteira para sua terra, a cidade de Loyola. 
Lá, se acha muito mal. Chamaram os médicos e cirurgiões, que diziam, que os ossos, tinham sido mal colocados, ou se tinham desconjuntado no caminho, pois estavam fora de suas posições, e desta forma, o doente, não poderia ficar bom. 

Fez-se de novo a carniçaria: nesta, como nas outras todas, por que passara e depois passou, nunca proferiu palavra, nem mostrou outro sinal de dor, senão o de apertar muito os punhos. 
Inácio piorava, sem poder comer. Estava à beira da morte. Chegou o dia 24 de junho, e os médicos, por terem muito pouca esperança de salvá-lo, lhe aconselharam que se confessasse. Recebeu os sacramentos, na véspera da solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo. 

Diziam os médicos que, se até a meia noite não sentisse melhora, podia considerar-se morto. Inácio, era devoto de São Pedro, e assim quis Nosso Senhor que Inácio começasse, naquela mesma noite a melhorar. E foi crescendo tanto a melhora, que em pouco tempo, estava fora do perigo de morte.

Durante este período crítico, Inácio pedia material de leitura, romances e aventuras cavalheirescas, dois gêneros populares e comuns naquela época.

O despertar espiritual de Inácio

Os livros que se dispunham na casa eram o  "Vida de Cristo" de Ludolfo de Saxonia e "Vida dos Santos", e estes tiveram grande influência sobre ele.
Ele. Detinha na leitura destes livros e quando e cansava, começava a imaginar o que faria para conquistar odorarão de Catherina, que armadas usaria no combate, como venceria, como voltaria vitorioso e que palavras usaria para convencer a infanta a casar-se com ele.
Terminado estes devaneios empenhamentos, voltava às suas leituras.
Destas leituras e destes devaneios chegou à seguinte constatação. Quando pensava nos romances de cavalaria para conquistar o coração da infanta, logo em seguida lhe vinha um sentimento de ilusão, de efemérides e aridez. Mas, quando, depois de ler os livros, começava a imaginar que meios usaria para imitar as façanhas dos Santos, imitar Nosso Senhor, imitar esta ou aquela penitencia dos santos,  via inundado de alegria, gozo espiritual, plenitude e realização. Percebeu que deveria seguir seu coração e aqueles movimentos que o preenchiam mais. Esta foi sua primeira experiência de Discernimento dos Espíritos que lhe moviam.
Inácio compreende que a vida que levava até então, não refletia a nobreza de espírito que seu coração ansiava. Lendo a vida dos santos se sentiu tomado por uma espécie de inspiração que queria refletir em sua própria vida.
Quando se encontra completamente restabelecido, uma chama diferente brilhava em seus olhos: o desejo de se tornar um soldado de Cristo, de ir e batalhar por seu verdadeiro Rei.

O caminho dos Exercícios Espirituais


A VIDA E O MÉTODO ESPIRITUAL DE INÁCIO DE LOYOLA


A vida de Inácio de Loyola.
Consolação e Desolação Espiritual.
O Treinamento da Vontade. Sistema e Ordem da Prática Espiritual.
A técnica de tomada de decisão.
As regras para o Discernimento dos Espíritos.
Os Exercícios Espirituais: formato e requerimentos.
Primeira Semana: Meditações sobre o pecado e o Inferno.
Segunda Semana: Vida de Jesus.
Terceira Semana: Meditação sobre a Paixão.
Quarta Semana: Ressurreição no Amor Divino.
Esquema dos fundos submarinos.
Meditações tradicionais de Inácio.
Vida de Inácio de loyola

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Exercícios Espirituais



Fruto da conversão de Santo Inácio, os Exercícios Espirituais propõem os assuntos sobre os quais ele refletiu, meditou e contemplou, como a indicação de atitudes e procedimentos que o moveram a mudar de vida e entregar-se a Deus.
Santo Inácio percebeu que isto poderia ser útil para outros e por isso foi anotando tudo o que lhe parecia servir para mais tarde.
Antes de ser escrito, portanto, o que aparece em seu livro foi vivido por ele. É fruto de suas experiências.
A força dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio está, em grande parte, no fato de o livro dos Exercícios ser antes de mais nada um manual prático, composto sem pretensões literárias ou de retórica, mas para servir de guia para os que desejam empenhar a própria vida, deste ou daquele modo, a serviço da maior glória de Deus e em prol de seus semelhantes.
O primeiro passo recomendado por Santo Inácio em uma das vinte "Anotações" do início de seu livro é o seguinte: que o "exercitante", ao entrar na experiência dos Exercícios, tenha em si um grande desejo de aproveitar em tudo o que for possível, tomando como ponto de partida um oferecimento a Deus de todo o seu querer e liberdade.
Neste oferecimento não há ainda nenhuma concretização específica, mas apenas uma atitude básica: que Deus disponha do mesmo conforme a sua vontade.

Com o "Princípio e Fundamento", supõe-se que já surja uma primeira e firme resolução: tirar de si tudo o que for impedimento para abraçar a vontade de Deus na própria vida. É necessário, consequentemente, tomar consciência de toda a desordem existente e de suas trágicas conseqüências, para que o abandono à misericórdia e à graça de Deus torne possível uma vida nova, de acordo com a vontade de Deus.

É o trabalho da "Primeira Semana", que termina com uma oração de agradecimento e uma pergunta: o que devo fazer por Cristo? Na "Segunda Semana", o "exercitante" é convidado a contemplar a vida de Cristo, a fim de que, conhecendo-o mais em profundidade, possa mais amá-lo e seguí-lo. É uma etapa de confronto da própria vida com a vida de Cristo, iniciada pelo "Exercício do Reino". Este tempo de discernimento culmina com o processo da "Eleição" e a tomada de uma decisão de vida.

A "Terceira Semana" tem como finalidade confirmar a opção feita, confrontando a nossa pequenez com o amor sem limites que o "Eterno Rei" manifestou-nos através da instituição da Eucaristia e dos sofrimentos de sua Paixão.
A "Quarta Semana" reforça ainda mais esta opção feita, mediante a alegria, a paz e a felicidade da Ressurreição, Ascensão e Pentecostes.
Os Exercícios Espirituais terminam com um exercício singular e original: a "Contemplação para alcançar Amor".
Santo Inácio acentua o amor como doação mútua, como entrega de vida, manifestada sobretudo por obras de amor.
Da parte de Deus, este amor são os dons que dele recebemos e, mais que estes dons, é ele que se dá a nós, com sua presença, atuação e reflexão nas criaturas.
A consciência deste amor pede, de nossa parte, uma resposta de amor. Daí a oração final: "Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, minha memória, minha inteligência e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo.
De vós recebi; a vós, Senhor o restituo.
Tudo é vosso; disponde de tudo inteiramente, segundo a vossa vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta".
A experiência dos Exercícios supõe muita generosidade e trabalho pessoal. Especialmente o exame da própria vida: como atuo? O que me move por dentro? Tenho consciência de tudo o que recebi do amor de Deus?
Correspondo a este amor?
Tudo isso implica numa longa caminhada.
Porém, realizada com a ajuda da graça (que nunca falta!) e alguém mais experimentado (o que "dá os Exercícios"), é capaz de provocar mudanças decisivas. Não vale a pena experimentar?

Intenção deste blog



Neste blog pretendo ajudar os jovens a conhecerem e experimentarem a espiritualidade Inaciana, como patrimônio da Igreja e instrumento que ajuda a encontrar e experimente a Deus em todas as coisa.
Vamos usar textos que coloquem os jovens em contato com a sagrada escritura, com a espiritualidade, consigo mesmo e com o Senhor.