terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

As tentações e o Discernimento dos Espíritos





 Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, 
para ser tentado pelo diabo.
(MT 4, 1)
 
 O relato da tentação de Cristo é apresentado de maneira a nos mostrar que Cristo reviveu pessoalmente as “tentações” (Dt 8,2) do povo judeu no deserto. Ao guardar intacta sua obediência para com Deus, Cristo vai, assim, colocar novamente em marcha o desígnio da salvação, entravado pela desobediência do povo no deserto.

Cristo revive as tentações do povo de Deus como um segundo Moisés no deserto: a menção dos “quarenta dias e quarenta noites” lembra o jejum idêntico do patriarca.


 As tentações do Cristo no Deserto conservam sempre a sua atualidade. Hoje elas nos levam a tomar consciência da perspectiva fundamental que nos anima. 

O Caminho da salvação obtida em Cristo exige de cada um adaptação constante. O cristão, inserido neste mundo ainda “dilacerado pelo pecado e pela morte”,  é ameaçado de contestar a retidão da fé.

Os cristãos conscientes são tentados, em suas responsabilidades, às diferentes formas de materialismo contemporâneo. O trabalho do tentador as vezes é discreto, mas nenhum campo lhe escapa.

No momento em que a Igreja reforma a si mesma – não sem dificuldades, aliás – para responder vigorosa e mais lucidamente aos desafios do paganismo moderno, é urgente que os cristãos revejam mais uma vez sua compreensão do destino de Deus e conheçam melhor os perigos de degradação para os quais pode levá-los a ação do Tentador.





 A lição deste relato permanece sempre a mesma ao longo dos tempos: o ser humano deve aprender a viver de um pão novo, que é a vontade de Deus.


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2 comentários:

  1. Li e gostei, Nilson!
    Chegando em Itaici, visitei o que restou da Biblioteca Padre Armando Cardoso. Busquei o que temos do Pe. Aldama, mas não encontrei a referência a Santo Eustáquio. Encontrei apenas uma edição italiana da Legenda Aurea, onde se conta a vida - lendária mesmo - de Santo Eustáquio. Lembranças aos companheiros de Goiânia. Fiquei grato pela hospitalidade.

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  2. Li e gostei, Nilson!
    Chegando em Itaici, visitei o que restou da Biblioteca Padre Armando Cardoso. Busquei o que temos do Pe. Aldama, mas não encontrei a referência a Santo Eustáquio. Encontrei apenas uma edição italiana da Legenda Aurea, onde se conta a vida - lendária mesmo - de Santo Eustáquio. Lembranças aos companheiros de Goiânia. Fiquei grato pela hospitalidade.

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