sábado, 26 de outubro de 2013

Um Mergulho profundo


A prática dos  exercícios espirituais


·  Tradicionalmente, estes exercícios são feitos num período de quatro semanas.

·  Um retiro é preparado a fim de que o exercitante possa se dedicar à prática dos exercícios durante o período de quatro semanas.

Os exercícios são realizados sob a direção de um acompanhante, que auxilia e guia os exercitantes no processo.

·  Estes exercícios tem um profundo poder transformador na vida daquele que os realizam.

·  Neste tempo forte de Exercícios é comum percebermos nossa missão individual na vida. Também acontece com frequência encontrarmos uma harmonia muito grande com toda a criação, ou com o Cosmos todo.



Um mergulho nas águas do mar:


Para entender melhor os Exercícios Espirituais de Santo Inácio, vamos comparar com um mergulho no fundo do mar. Para isso, as noções de Pressentimento, Certeza e de Evidência, vão nos ajudar bastante.








1. Boiando: A superfície da água é o nível da Consciência.

2. Mergulhando: O Ser não emergiu à consciência, mas está mergulhado no inconsciente. Portanto, impossível de se apoiar sobre ele para viver.
3. É preciso enfrentar a vida. Então, fabricam-se jangadas para viver:
a. a gente se agarra ao que os outros dizem de nós ou aquilo que nos dizem para fazer.
b. às vezes, a gente constrói um mundo imaginário no qual se refugia quando a vida é muito dura. c. Tudo isto é muito precário e frágil.


4. O Pressentimento: uma vez que o Ser tornou-se mais vivo está prestes a emergir. Nos períodos calmos a gente o pressente. Mas quando a água interior se turva, perde-se o Ser de vista. Vive-se então, das irradiações do Ser, mas sem poder se apoiar nele.
5. A Certeza: uma vez que o Ser se tornou mais vivo, emergiu. Uma certeza interior nasce como um pico rochoso sobre o qual se pode apoiar o pé. Em seguida, outras certezas emergem. É como um arquipélago ou uma plataforma. Mas a superfície que emergiu está ainda a mercê das tempestades e das marés.
6. A evidência: há evidência no momento em que a gente não pode mais negar. Tem-se tal experiência desta realidade interior que não se pode mais duvidar.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A tomada de decisão

Qual a melhor hora para julgar se a decisão que você quer tomar convém ou não convém?

  • Olhe para as suas moções, para seus movimentos interiores, seus desejos. Olhe para a Vontade de Deus. Pergunte-se se essa é realmente vontade de Deus. Olhe para a comunidade: vai ser bom para a comunidade? Quando esses três níveis coincidirem (minhas moções, a Vontade de Deus e o bem da comunidade) então será uma boa decisão, pois está amparada por confirmações.
  • Veja se as opções se apresentam na sua meditação. Considere sua decisão em tanto em períodos de consolação como em períodos de desolação. Perceba a diferença dos movimentos interiores. Preste atenção a sinais recebidos na meditação.
  • Considere sua decisão quando estiver atravessando uma fase em que se encontre calmo.
  • Pergunte-se se você pode abrir mão dos frutos de sua decisão?
          Regras para o discernimento espiritual. 
  • As impressões que chegam à sua mente vêm de duas forças opostas. Uma nos dirige ao nosso egoísmo, as nossas inclinações biaxas, ao nosso hedonismo. A outra se dirige à nossa sensibilidade espiritual. (São as ações do Mau Espírito e do Bom Espírito).
  • Para as pessoas que ainda estão vivendo uma opção de caminho contrario ao caminho do Senhor: o Bom Espírito: provoca remorsos, inquieta a consciência. Já o Mau Espírito: faz sentir prazeres aparentes, confirma suas más intenções, excita a imaginação de prazeres e deleites, fazendo a pessoa atolar-se mais e mais na situação de pecado.
  • Para as pessoas que estão buscando crescer na descoberta de Deus ou fizeram uma opção fundamental por Deus e procuram expressar a fé na vivência da doação e do amor: o Bom Espírito: provoca ânimo, forças, consolações, inspirações, tranquilidade, atenuando os impedimentos para que a pessoa continue nos caminhos de Deus. O Mau Espírito: coloca oposições, inquieta com falsas razões, provoca desânimos, querendo leva-lo a desistir de continuar no caminho do Senhor.
           O discernimento dos espíritos é uma arte.
Inácio teve que fazer um grande esforço para penetrar este véu de obscuridade com relação a seus próprios pensamentos e sentimentos, e precisou de um método para discernir estes movimentos dos Espíritos dentro de si.
  • Esses métodos são dados por Inácio no livro de Exercícios Espirituais. Consiste em duas séries de Regras uma para iniciantes e outra para discípulos mais adiantados, que veremos mais adiante.
I H S